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Amy Winehouse: há exatos 10 anos, cantora lançava o disco “Back to Black”


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“Back to Black” foi o segundo (e último) disco de Amy Winehouse, lançado neste dia, há exatos dez anos. Ao mesmo tempo em que o álbum traz grande alegria aos fãs da cantora inglesa, traz também grande tristeza por ter o sido seu último trabalho.


Músicas como “Rehab”, “You Know I’m No Good”, “Love is a Losing Game”, “Addicted” e a própria “Back to Black” (que dá nome ao disco) caíram na graça do povo e fizeram de Amy uma super estrela. Foram músicas que se multiplicaram grandiosamente pelas rádios mundo afora.


O disco foi primeira posição nas paradas musicais de diversos países, como Bélgica, Áustria, Dinamarca, França, Alemanha, Grécia e Itália. Aqui no Brasil, por exemplo, o disco ficou, em 2008, na 11ª posição.


O álbum agradou também a crítica especializada. Nós, a equipe daqui do Bolha Musical, elegemos o álbum 8 de 10 estrelas. O AllMusic deu 5 estrelas ao álbum. Veículos como Blender, The Guardian, The Observer, Pitchfork, Rolling Stone, Q, e vários outros, também receberam o álbum positivamente. O crítico Robert Christgau, figura difícil de agradar, deu ao disco uma “menção honrosa”. Pois é, não há quem não tenha gostado. E o álbum agradou tanta gente, pois chegou às nossas casas em um momento delicado da música. A música, àquela altura, estava uma merda. E pior, a música mundial, em sua maior parte, ainda continua assim. Carecemos, infelizmente, de bons artistas no mainstream – mas isso, graças a Deus, não acontece no underground, onde há um vasto celeiro de excelentes bandas e artistas.


Amy fez história. Ela agradou reis e rainhas; e depois, como quem dá doce a uma criança com fome, o tirou de supetão.


Há quem diga que o povo é fácil de ser agradado, desde que as paradas musicais ajudem e toquem as músicas incessantemente nas rádios. Bom, não é bem assim. Esse ditame está errado. O povo não gostava apenas das músicas da jovem Amy Winehouse, o povo gostava, principalmente, de sua pessoa. Ela era uma artista simpática. Tudo bem, ela tinha os seus problemas, assim como todos nós temos... mas ainda assim, a sua simpatia extravasava. E ela a extravasou em muitas entrevistas.


Foi essa imagem simpática, talentosa e com uma beleza exótica que Amy influenciou o mundo da música, e cantoras como Lady Gaga, Florence Welch (Florence and The Machine) e Adele.


“Back to Black” tem a alma do soul na maioria de suas canções e um espírito maduro por trás de suas letras. E é com esse espírito que o povo se identificou, seja nas Américas, Europa ou Ásia. Um exemplo claro disso está na música “Love is a Losing Game”, onde a visão do amor é tomada como destino. Em contraste a esse olhar, mas não deixando de agregar a qualidade por de trás das letras, “You Know I’m No Good” é onde Amy demonstra que o amor é fruto de seu psicológico e do ambiente em que vive. E, acima de tudo, em “Rehab”, onde sua sinceridade é demasiada grande.


Com produção de Salaam Remi (produtor também do primeiro disco da cantora, o “Frank” de 2003) e Mark Ronson, “Back to Black” veio para ficar. E ficou. E se eternizou. A voz de Amy Winehouse, completamente inspirada em grupos femininos das décadas de 50 e 60, como Supremes e Shangri-Las, veio para ficar e para se provar perpetuamente atual.


“Back to Black” é um álbum que mostra claramente o amadurecimento de Amy em relação a “Frank”, seu antecessor. O som deixa a sofisticação do jazz para flertar diretamente com um soul mais contemporâneo. O “Back to Black” é um disco obrigatório na coleção daqueles que se dizem amantes da boa música.

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