8 artistas que criticaram a política em suas músicas
Não é de hoje que a situação política do Brasil reverbera na produção musical. A indignação, o protesto e a expressão de inconformidade, sempre inspiraram os músicos. Inclusive, atualmente, vivemos um silêncio sepulcral. A prova de que ser celebridade não significa ser artista. Boa parte das músicas que ganham os programas dominicais e a mídia falam apenas de amor; como se a existência humana girasse em torno apenas de namorar, levar foras, chifres e reatar relacionamentos amorosos. A crítica diante da impunidade, da roubalheira exacerbada, da complacência do povo e da precariedade dos serviços públicos, acaba ficando a cargo dos artistas alternativos, hoje "famosos" só na internet, mas que são obrigados a ter outros trabalhos para sobreviver. Elis Regina, Renato Russo, Cazuza, são parte da última fornada de artistas que viviam na mídia e que tentaram expressar alguma crítica em suas canções. Vamos relembrar e saber de alguns nomes?
Gal Costa: Brasil
Revolucionou nessa apresentação ao mostrar seus seios durante a apresentação, em 1994. A música é de Cazuza, mas quem deu o show histórico foi ela.
Cazuza: Ideologia
Polêmica, a música do astro continua muito atual. Fala de pessoas que iam mudar o mundo e que, hoje, são parte daquilo que criticavam. Dos heróis que morreram de overdose por não aguentarem o sistema. Dos sonhos que foram vendidos. Acho que o Cazuza vive em 2017.
Legião Urbana: Que País é Esse?
Também muito atual, Renato Russo criticou a hipocrisia das pessoas que criticam o país, mas não são capazes de cumprir a lei. Loucura, não?
Nara Leão: Opinião
Aqui, ela fala sobre a resistência de manter sua opinião mesmo diante da adversidade e da pressão do sistema. Declara manter suas convicções, mesmo com agressões e com fome.
Titãs: Vossa Excelência
Titãs denuncia aqui o conchavo entre ministros, juízes e políticos para manter o país como está: vulnerável, cheio de roubalheira e com impunidade.
Adoniran Barbosa: Despejo da Favela
Em 1969, Adoniram criticava a forma como a justiça brasileira lidava com os moradores pobres das favelas. Denunciava como o estado era violento e ignorante com ordens de despejo.
Geraldo Vandré: Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores.
Em plena ditadura militar, Geraldo Vandré cantou essa música como um hino à volta da liberdade de expressão e a importância da união para a queda de regimes totalitários. Um clássico.
Zé Ramalho: Admirável Gado Novo.
Não, não. Essa música não é apenas a abertura da novela global "O Rei do Gado". Em metáfora, fala das massas de manobra. A população, como caminho para as maiores atrocidades políticas, sem a capacidade de questionar ou mudar os rumos de seu destino. “Povo marcado e povo feliz.”