Teatro Musical: conheça as melhores peças que passaram pelo Brasil
Não tem coisa melhor do que o casamento de duas modalidades artísticas. O teatro e sua leitura da realidade, usando da interpretação de atores e da dramaturgia, e a música que inspira, emociona e dá o toque final do espetáculo. Não é por acaso que o teatro musical faz muito sucesso e leva milhões para às plateias no mundo todo. Mas olha, não pensa que é fácil. Além de exigir uma estrutura grande e um espaço cênico apropriado para inúmeras trocas de cenários, o ator de teatro musical tem que mostrar a que veio. Tem que cantar, muitas vezes dançar, ter voz para interpretar e coragem para o maior desafio: fazer tudo de uma só vez. É por isso que as técnicas de canto são diferentes das usadas por cantores convencionais. Geralmente, por exemplo, os atores tem a postura mais ereta para levar ar a toda a região das costelas e conseguir atingir diferentes notas, sem perder o fôlego. Além disso, a articulação é mais aberta para que a voz tenha maior amplitude. Enfim, muito ensaio, muito treino, muita fisioterapia para as dores musculares e muita fonoaudióloga para a voz do ator aguentar a turnê. O teatro musical veio para ficar, e o Brasil tem cada vez mais se jogado nessa modalidade artística. Conheça os principais musicais que já estiveram por aqui.
Hair:

Até hoje "Hair" causa turbulências para os fãs de teatro. Há quem diga que foi o melhor espetáculo da história de Broadway. E viu? Tinha muito rock. Rock pra caramba. Foi polêmico também, viu? Discutia as drogas ilícitas, a expressão livre da sexualidade e a integração racial. Falou bastante da guerra no Vietnã e deixou um carimbo no exercício da personalidade negra. Todo mundo tinha cabelão. E, às vezes só o cabelão, porque "Hair" trazia muita nudez. A primeira vez que foi apresentado foi nos anos 60, mas, até hoje, tem um diretor descolado que o coloca nos palcos em curta-temporada.
Les Miserables:

"Les Miserables" é um clássico no mundo do teatro musical. Tanto é que os professores de canto usam as canções para suas aulas. Todo ator usa esse espetáculo como exemplo. A peça era baseada no filme, e era chocante. Os cenários eram tão fiéis que parecia que o filme tava rolando na sua frente. O figurino era impecável e os atores, com muita, MUITA VOZ. Sensacional.
O Fantasma da Ópera:

Clássicão. Quem nunca ouviu falar? No mundo todo, o espetáculo arrecadou oito bilhões de dólares, ficando no ranking da segunda produção teatral mais bem sucedida da história. O ator brasileiro, Saulo Vasconcelos, fez tanto sucesso em sua performance, que foi contratado pelo México para fazer o mesmo espetáculo. Muito efeito, muita ópera, e tudo ao vivo, super ao vivo. Um fenômeno.
Priscila, a Rainha do Deserto:

O espetáculo ficou um bom tempo no Teatro Bradesco. Baseado no filme americano, a produção era gigantesca. Além de contar com mais de 30 bailarinos, em uma das cenas, do nada, um ônibus surgia no palco. E não era pequeno. Tinha o tamanho de um busão mesmo e era todo feito em LED. Ao final do espetáculo, uma cena clássica: os atores trocavam de roupa, dos pés a cabeça, em 30 segundos. Isso mesmo. E umas 5 vezes seguidas.
Gaiola das Loucas:

Miguel Falabella e Diogo Vilela fizeram bonito nessa adaptação. Além de cantarem e dançarem muito, o cenário foi bem fiel ao filme americano. A produção era imensa: 300 figurinos, 40 trocas de roupa, 100 perucas e 25 atores. E como todo bom musical, tudo era AO VIVO. Nada de playback ou banda gravada. Uma experiência única. Nesse caso, com emoção e boas risadas.
Mamma Mia:

O filme já é musical e um espetáculo de diversão, alegria e cor. A peça emocionava, sobretudo por reproduzir as músicas do ABBA, entre elas: "Super Trouper", "Dancing Queen", "Knowing Me, Knowing You", "Thank You for the Music", "Money, Money, Money", "The Winner Takes It All", "Voulez-Vous", "I Have a Dream" e "SOS”. No mundo inteiro, o espetáculo levou 42 milhões de pessoas para as poltronas do teatro. Na adaptação brasileira, algumas pessoas reclamaram da tradução das músicas. Muita gente queria a música em inglês.
Olha, tem tanta coisa boa que vou parar por aqui! Precisamos tocar nesse assunto mais vezes. Se ainda não viveu a sua experiência de musical, viva. É caro? É, mas a experiência é inesquecível.