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10 excelentes músicas dos Ramones que (infelizmente) pouca gente conhece

1. Questioningly Escrita por Joey Ramone, a faixa de 3:22 minutos foi uma das primeiras canções do grupo a prezar por um rock mais sério, longe daquele lado mais cômico e irreverente pelo qual o quarteto nova-iorquino tanto prezava ainda em seus primeiros discos. Embora a música esteja um pouco distante do punk rock (e dos ritmos acelerados) que sempre caracterizou o grupo, não deixa de possuir, na essência, uma melodia simples, com poucos acordes. E "Questioningly", apesar de soar mais elaborada, possui apenas quatro acordes. A música foi lançada no disco "Road to Ruin", em 21 de setembro de 1978.


2. The Return of Jackie and Judy Se você for um verdadeiro fã dos Ramones (mesmo que nunca tenha ouvido essa música), saberá logo de cara que essa canção foi escrita, é claro, pelo vocalista Joey Ramone. Embora essa música tenha sido lançada no disco "End of the Century", de fevereiro de 1980, ela volta a contar uma história que os Ramones começaram ainda em 1976, no primeiro disco. E por mais que a história não seja necessariamente uma continuação da clássica "Judy is a Punk", ela volta a ressuscitar os personagem Jack e Judy. "The Return of Jackie and Judy" contou com a produção do lendário Phil Spector e por mais que os Ramones (com exceção de Joey) tenham odiado o resultado final desse disco, a canção de 3:12 minutos não deixa de ser um dos grandes momentos da banda nova-iorquina.


3. This Business is Killing Me Lançada no disco "Pleasant Dreams", em 20 de julho de 1981, essa canção é fenomenal e completamente diferente de tudo que os Ramones já haviam gravado a priori. Escrita por Joey Ramone, essa música é a penúltima faixa do disco e, em meio a tantas faixas pop que preencheram o álbum, esta canção, em especial, volta a trazer aquele lado ácido e sarcástico que existia em abundância no começo de carreira do grupo. A letra é um grito contra a rotina entediante de um cidadão comum e inclui um teclado eletrizante, que veio para dar um up não só nessa, mas em todas as outras faixas do disco. Embora essa canção tenha sido tocada pouquíssimas vezes ao vivo (ela não foi lançada oficialmente em nenhum live album do grupo, somente em bootlegs europeus da década de 80), não deixa de ser uma grande música que poucos, infelizmente, conhecem a fundo. A faixa contou com a produção de Graham Gouldman, famoso guitarrista da banda inglesa 10cc.


4. New Girl in Town Essa canção foi lançada como faixa bônus do disco "Subterranean Jungle", lançado em 23 de fevereiro de 1983. Mas é claro, apesar de o disco ter sido lançado em 1983, as faixas bônus só foram incluídas na versão extendida em 2002. As canções do "Subterranean Jungle", com exceção de duas ou três faixas (no máximo), não foram bem recebidas pelo público e nem pela crítica especializada. Muitos críticos detestaram o álbum, principalmente o fato de os Ramones terem entrado em estúdio com pouco material, o que, inclusive, fez com que a banda incluísse dois covers logo de cara, no começo do disco. E a grande culpa disso foi o mau momento pelo qual a banda passava. O vocalista Joey Ramone estava pouco criativo (e mergulhado em suas crises emocionais, que por sinal eram bastante frequentes), o baterista Marky Ramone era alcoólatra e enfrentava maus bocados com a bebida, o que, ainda durante a gravação desse disco, culminou em sua demissão do grupo (os Ramones haviam perdido dois shows pelo fato de o baterista, bêbado, não ter comparecido), e Johnny e Dee Dee (guitarrista e baixista, respectivamente) meio que tiveram que segurar as pontas sozinhos. O disco tem 12 faixas no total, sendo que três são covers; e das nove faixas autorais, seis foram escritas por Dee Dee. Mas deixando de lado todos esses problemas, o disco não deixa de ser bom. "New Girl in Town" é uma música que deveria ter entrado para o disco, o que infelizmente não aconteceu. Com 3:33 minutos, a canção foi escrita por Joey e se trata de mais um daqueles clássicos momentos românticos do grupo. Vale muito a pena ser ouvida!


5. Street Fighting Man Os Ramones nunca deixaram de fazer covers. Do primeiro ao último disco, a banda nova-iorquina sempre fez questão de inserir em seus álbuns músicas de artistas e bandas que os influenciaram na década de 60 (como Amboy Dukes, Love, Chris Montez, Joe Jonez, Bobby Freeman, The Searchers, Chambers Brothers, The Who, The Byrds, The Troggs, The Animals, The Seeds, e várias outras). E essa música é um cover que os Ramones fizeram dos Rolling Stones. Composta originalmente por Mick Jagger e Keith Richards e inserida no álbum "Beggars Banquet" de 1968, os Ramones (já com o novo baterista, Richie), fizeram uma versão desta música em 1984. A canção ficou fora de todos os discos do grupo nova-iorquino até 2002, quando foi, finalmente, inserida como faixa bônus no álbum "Too Tough To Die". E pode ter certeza de uma coisa, eu falo para vocês sem titubear: por mais que os Rolling Stones sejam excelentes, a versão dos Ramones é muito melhor e muito mais rock n' roll. Ouça as duas e tire suas próprias conclusões.


6. Bye Bye Baby Uma música linda, bem trabalhada e completamente diferente de todos os outros arranjos dos Ramones. Essa música tem uma pegada bem mais pacata, equilibrada, suave, tranquila, harmônica... mas tudo isso sem perder aquele típico ar alternativo das músicas da banda. Digamos que é a música que os Ramones fizeram para tocar nas rádios. Ao mesmo tempo, muito dessa diferença de som vem do baterista Richie Ramone (que entrou no grupo para substituir Marky). Richie, além de ser um baterista mais completo e mais técnico, trouxe um amadurecimento gigantesco nas músicas da banda e trouxe também novos ares. Foi um baterista que fez bem em ter entrado para o grupo, pois conseguiu renovar a pegada e os ritmos. Outro ponto positivo em relação ao baterista Richie Ramone é o fato de ele ter sido o único baterista da banda a fazer backing-vocals. Esta música foi lançada no disco "Halfway to Sanity", em 15 de setembro de 1987. Para aqueles que gostam de músicas mais calmas, essa é a pedida perfeita!


7. Come Back Baby Lançada no disco "Brain Drain", em março de 1989, esse disco foi um divisor de águas na carreira dos Ramones. Muitos fãs o amam e o têm como um dos melhores discos do grupo (como eu), outros o têm como um disco chato e previsível. Eu acho o "Brain Drain" um disco maduro, cheio de canções sérias... o único ponto negativo desse disco, na minha opinião, é que o baixista Dee Dee Ramone já estava totalmente desencanado da banda. O baixista, na época com 38 anos, não fazia mais questão de ser um Ramone, mal queria saber de comparecer às sessões para gravar e, principalmente, já estava começando a dar os primeiros sinais de que deixaria a banda. E foi justamente isso que aconteceu logo após o lançamento do disco. O baixista deixou o grupo para se dedicar a uma carreira solo no mundo do hip hop!!! Baboseiras à parte, "Come Back Baby" é uma canção maravilhosa. Puro rock n' roll. Com 4:01 minutos, a canção foi escrita pelo vocalista Joey Ramone e serviu para consagrar o músico como o verdadeiro "gigante sentimental" do punk. O refrão é totalmente catchy, daqueles que grudam na cabeça logo nos primeiros segundos.


8. A Real Cool Time Pelo título, já dá para saber que quem compôs essa música foi o vocalista Joey Ramone. Lançada no disco "Halfway to Sanity", em setembro de 1987, essa canção foi uma das poucas que realmente tocaram nas rádios americanas no final da década de 80. Os Ramones, até a segunda metade da década de noventa, quase nunca conseguiram, acredite!, emplacar um hit nas rádios. Revoltados, isso fez com que eles, em 1981, gravassem a faixa "We Want the Airwaves" (numa espécie de crítica às rádios que insistiam em ignorá-los). E "Real Cool Time" (com seus 2:38 minutos) é uma balada tão boa, tão bem escrita, tão bem gravada e tão excitante que as rádios realmente não podiam continuar fazendo vista grossa a eles. Essa canção -- romântica até os ossos! -- foi escrita pelo vocalista Joey em homenagem a Linda Cummings, sua musa inspiradora e namorada do guitarrista Johnny Ramone. Estranho???? Pois é! Se você ainda não conhece a história, vou te explicar sucintamente: Linda foi uma espécie de Yoko Ono na carreira dos Ramones, responsável em implantar a verdadeira discórdia no grupo. A pequena Linda namorou Joey (vocalista) por muito tempo, até que, de repente, ela deu um pontapé na bunda do vocalista e se casou com Johnny (o guitarrista). Nem preciso dizer que os dois perderam a amizade e ficaram sem se falar por mais de 10 anos, mesmo sendo companheiros de banda, né?


9. Come Back She Cried AKA I Walk Out Essa é a verdadeira b-side dos Ramones, que merece ser ouvida no volume máximo e com o botão do "repeat" acionado. Com 2:21 de duração, essa música ficou guardada por muitos e muitos anos, até que, em 2001, foi inserida como faixa bônus no disco "Road to Ruin" (de setembro de 1978). Uma canção linda e pouco conhecida pelos fãs da banda. Realmente não entendo o porquê desse som não ter sido oficialmente incluído em algum disco... francamente, nessa os Ramones vacilaram! Ouçam!


10. Kicks To Try Essa é outra legítima b-side dos Ramones. Dada a qualidade não tão boa de sua gravação, percebe-se claramente que o som foi gravado ainda no começo de carreira do grupo, lá pelo fim da década de 70. Com 2:09 de duração, essa música foi uma das responsáveis (entre tantas outras) em moldar aquilo que viria a se tornar o som dos Ramones. "Kicks to Try" foi composta num período pré-1981, ou seja, antes desse ano os Ramones assinavam suas canções apenas como "Ramones" (era um tipo de irmandade todos levarem créditos pela composição); foi só a partir de 1981 que a banda passou a especificar o verdadeiro compositor das faixas, com o nome original de seus integrantes. Esta música também ficou guardada por muito tempo e só chegou ao público em 2002, ano em que foi inserida como faixa bônus no disco "Pleasant Dreams" (de julho de 1981).

"10 excelentes músicas dos Ramones que (infelizmente) pouca gente conhece" por Rafael Fioravanti | Bolha Musical

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