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Alternando do indie à mpb, Laura Petit lança seu primeiro disco

A doce voz de Laura Petit fala sobre temas espinhosos na condição de ser mulher no seu disco de estreia "Monstera Deliciosa". O disco reflete a força da mulher, seus amores, desejos e aflições

"Alternando do indie à mpb, Laura Petit lança seu primeiro disco" | Bolha Musical

Da dança para o violão. Do violão para os palcos. E com a experiência dos palcos, um álbum nasceu. “Monstera deliciosa” é o maduro disco de estreia da cantora Laura Petit, uma bailarina que une corpo e música em suas composições. Muito mais do que uma declaração de força, as 10 faixas deste primeiro trabalho revelam uma mulher que se descobriu livre. O álbum foi gravado no estúdio RockIt!, no Rio de Janeiro, e a produção é compartilhada entre Felipe Fernandes, Eduardo Manso e Estevão Casé. O disco encontra-se disponível nas principais plataformas de música digital.

Desconstruindo a MPB com influências que vão do indie noventista até canções de cabaré, Laura discursa sobre amores e desejos em 10 faixas inéditas, além de uma versão de “Tarado” (Caetano Veloso e Jorge Mautner). O enigmático título do disco, “Monstera Deliciosa”, vem do nome científico da planta Costela de Adão. O nome cria uma dualidade curiosa entre a irônica referência bíblica que Laura canta em uma das faixas (“Nem adianta oferecer maçã, quero temperada essa costela de Adão”) com a ideia de uma monstruosidade deliciosa que seria responsabilidade da mulher.

“Penso que a mulher eu lírico do disco é livre e isso assusta. Acho que ela nem sempre foi livre, mas se sente assim agora. Isso reflete na maneira como reage diante da alegria e da melancolia. Ela gosta de estar só e isso não significa que despreza companhia”, explica Laura.

Como um crescendo, a cada canção o feminino se desenvolve e expande os seus horizontes. Em “Al Dente”, a melancolia engole a personagem, caminhando em direção à morte. Na faixa “Quando à noite”, ela renasce das cinzas, mostrando que mudar é preciso e que a dor faz parte da transição. Na música “Bicho”, o lado animalesco que é tão comumente reprimido na mulher se torna explícito na interpretação de Laura. A melodia traz a participação de Rafael Rocha, que representa junto da cantora os bichos da música.

A melancolia volta a aparecer em "Hotel Solitude", que traz um clima bucólico cinematográfico. Os sintetizadores dão o tom da faixa, que mostra uma mulher que se reconhece como dona da situação. A música seguinte é "Tarado", uma regravação da canção de Mautner e Caetano, do disco "Eu não peço desculpas" (2002). A ironia, que é presente em todas as faixas do álbum, se torna um grito em "Sujo". A crescente da personagem volta a surgir em "Engole-me". Repleta de camadas, a música traz uma poesia amarga, romântica e sensual.

O single "Compressa" é a primeira composição de Laura em parceria com Raquel Dimantas. As linhas de baixo guiam a narrativa geométrica apresentada na letra considerada pela cantora a mais forte das músicas. Com duas histórias emaranhadas, não há como saber se é a mulher ou a máquina que protagoniza o conto. A penúltima faixa do álbum, "Paraíso Menu", revela o lado sombrio da mulher comum. O título do álbum surgiu da letra desta faixa. Fechando o disco, "Pimenteira" é sobre infância, sobre uma atmosfera cinematográfica, beirando o western, "com um pitada de Tarantino", descreve Laura.


“Monstera Deliciosa” já está disponível para audição nos principais meios de música digital e a turnê nacional do álbum será anunciada em breve. “Algumas coisas mudaram. Alguns anos a mais fizeram diferença, considerando que comecei a escrever muito nova. Sinto que não tenho mais vergonhas e isso facilitou muito a composição do álbum. Foi um alívio escrever o disco. Não era um plano falar sobre o feminino. Quando ouvi o disco pronto, percebi que tinha um álbum inteiro extremamente feminino. Ele saiu de mim sem eu perceber”, finaliza Laura.


Para ouvir o disco de estreia da cantora, clique aqui.


Sobre a cantora: Nascida em Brasília e criada em Curitiba, Petit traz, aos 23 anos, uma bagagem artística invejável. Bailarina da infância até a adolescência, ela utiliza a linguagem corporal da dança para evoluir sua música. Aos 19 anos, lançou o EP “Onde o Vento Faz a Curva” e em 2015, lotava o Teatro do Paiol, um dos principais da capital paranaense, com a tour do segundo EP “Manacá Dente Saudade”. De lá pra cá, Laura acumulou experiência de estrada e conheceu a equipe que trabalhou no álbum.


Confira abaixo uma faixa do álbum disponível no Youtube.

(nota de assessoria publicada na íntegra)

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