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Disharmonic Fields, de Curitiba, concede entrevista ao Bolha Musical

Com a internet, temos uma maioria imensa de bandas e artistas que conduzem suas próprias carreiras de forma totalmente independente. Em contrapartida, é muito mais difícil competir pela atenção dos fãs e se destacar no mercado, já que isso exige muita dedicação

"Disharmonic Fields, de Curitiba, concede entrevista ao Bolha Musical" por Rafael Fioravanti | Foto de Clovis Roman

A Disharmonic Fields é uma banda de heavy metal formada em 1998, na cidade de Curitiba. Final da década de noventa, tempos difíceis e muitas ideias borbulhando em mente. A Disharmonic Fields é uma banda autoral que sempre preferiu fazer suas composições da melhor maneira possível, trazendo ao seu som (de maneira mais agressiva) elementos de vários gêneros musicais. Trazendo Judas Priest, Saxon, Mercyful Fate, Slayer e Megadeth como suas bandas de cabeceira, a Disharmonic Fields segue atualmente com os integrantes Nelson Küster (voz e guitarra), Sandro Beast (guitarra), Eloy Bilek (baixo) e André Kisser (bateria) em sua formação.

O próximo compromisso do Disharmonic Fields acontece dia 08 de julho no John Bull Pub, em Curitiba, ocasião em que se comemora a 3ª edição do Metal Warriors Festival. Quem acompanha o cenário do heavy metal em Curitiba certamente deve conhecer as bandas que integram o line-up desta edição do Metal Warriors, evento já tradicional no calendário da cidade. Em celebração ao dia mundial do rock, a 3ª edição da festa acontecerá a partir das 20 horas do dia 08. Serão quatro bandas no line-up: Dragonheart, Aquilla, Archityrants, e claro, a Disharmonic Fields.

Confira abaixo a entrevista que o jornalista Rafael Fioravanti, fundador do Bolha Musical, fez com o guitarrista Sandro Beast. Esperamos que essa entrevista com a Disharmonic Fields suscite a curiosidade e a paixão do público para que todos compareçam ao Metal Warriors Festival deste ano e apoiem a cena independente nacional.


Bolha Musical: Vamos começar pela pergunta que sempre faço: como a banda se formou? Sandro Beast: Isso faz tempo! Em meados do ano de 1998, eu chamei dois amigos, um batera e outro guitarra para montar uma banda. Colocamos um anúncio dizendo que estávamos procurando baixista e vocal e não demorou para que já estivessemos com nossa primeira formação: eu (guitarra), Bruno Montejorge (guitarra), Marlon Lima (bateria), Paulo Canha (baixo) e Marcelo (voz). Após várias trocas de vocalista, finalmente encontramos o Nelson Küster; e o Nelson, por sua vez, trouxe à banda um novo baterista e baixista. Assim, a formação se estabilizou até a gravação do nosso CD demo e do primeiro disco, o "Killing Hopes". A formação era Sandro (guitarra), Bruno Montejorge (guitarra), André Kisser (bateria), Eloi Bilek (baixo) e Nelson Küster (vocal).

Bolha Musical: Vocês têm dois discos de estúdios lançados até o momento, o "Killing Hopes" (2005) e o "Devil's Weapon Shot" (2016). Como vocês classificam a evolução da banda de um material para o outro? Sandro Beast: O CD mais recente está muito mais amadurecido, mais coeso e pesado. As composições foram mais trabalhadas e os arranjos ficaram mais elaborados. Já o primeiro disco é mais cru, direto e as composições foram feitas, em sua maior parte, de forma individual. Eu e o Nelson viemos com algumas músicas já prontas; outras, quase finalizadas. O Bruno também chegou com mais riffs e ideias de letras. Já em "Devil's Weapon Shot" as músicas foram compostas em grupo e com maior entrosamento da banda.

Bolha Musical: O Disharmonic Fields começou como um quinteto, e, depois, sofreu uma baixa com a saída do guitarrista. Hoje, vocês seguem apenas como um quarteto. Essa configuração alterou o som do grupo de alguma forma?

Sandro Beast: Acredito que o som amadureceu, mas não tanto em função disso. Tocar como quarteto foi algo bem natural para o Nelson – que sempre foi o melhor guitarrista da banda – apesar de ele estar ocupando apenas o posto de vocalista até então.

Bolha Musical: O primeiro trabalho do grupo "Killing Hopes" (2005), embora tenha sido gravado em 2003, só chegou a ser lançado em 2005. Para que os fãs da banda estejam a par da história, qual foi o motivo causador dessa delonga no lançamento? Sandro Beast: Na época, a gente conseguiu assinar com um selo, mas eles pisaram na bola conosco. Foi muito frustrante ficar na expectativa durante tantos meses e o cara fugindo da gente, sem dar nenhum feedback. Foi depois disso que a gente optou em seguir um caminho mais independente mesmo.


Bolha Musical: Esse segundo trabalho do grupo, "Devil's Weapon Shot" (2016), foi lançado de uma maneira totalmente independente. Como é ser um grupo independente não só no Brasil, mas em Curitiba especificamente? Sandro Beast: O cenário da música mudou demais. Com a internet, temos uma maioria imensa de bandas e artistas que conduzem suas próprias carreiras de forma totalmente independente, sem depender de contratos. Em contrapartida, é muito mais difícil competir pela atenção dos fãs e se destacar no mercado, já que isso exige muita dedicação. Nós estamos hoje em uma fase mais tranquila em relação à banda; todos nós temos nossos empregos, família, e acaba não sobrando muito tempo para uma dedicação maior ao Disharmonic Fields. É justamente por isso que não posso falar muito da cena underground atual de Curitiba, realmente não temos estado tão ativos.

Bolha Musical: Quais são os planos futuros do Disharmonic Fields? Há algum CD, demo, vídeo ou qualquer outro material em vista? Sandro Beast: Por enquanto, a ideia é começar a compor músicas novas. Já temos vários riffs no forno!

Bolha Musical: Em 8 de julho, ocorrerá a terceira edição do tão aguardado Metal Warriors Festival, no John Bull Pub, em Curitiba. O que o público pode esperar da banda? Sandro Beast: O Metal Warriors é um projeto muito especial, pois é organizado por verdadeiros brothers of metal. É sempre um prazer muito grande tocar com amigos, para amigos, e, claro, para o fãs! Preparem o pescoço! Vocês podem esperar muita energia e metal em vossas orelhas!

Bolha Musical: Na opinião de vocês, de que maneira um festival como o Metal Warriors Festival contribui com a cena local de Curitiba? Sandro Beast: Toda iniciativa é válida em um cenário tão carente quanto é o do metal em Curitiba, carente de bons espaços e produtores. O Metal Warriors surgiu justamente da vontade de algumas bandas mostrarem seus trabalhos para os fãs, sem depender de promessas – muitas vezes vazias – nem de intermediários. Acredito que o Metal Warrior Festival 3ª edição está, sim, de fato, dando uma boa dose de contribuição para a cena local.

Bolha Musical: Agradeço pela entrevista. Para finalizar, mande uma mensagem final ao público que os acompanha! Sandro Beast: Muito obrigado a cada um que curte o nosso som e acompanha a gente há tantos anos. Fica reforçado aqui o convite: esperamos todos vocês lá no John Bull para curtir muito heavy metal!


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3ª edição do Metal Warriors Festival:

Bandas: Aquilla + Archityrants + Disharmonic Fields + Dragonheart

Data: sábado, 08 de julho de 2017

Local: John Bull Pub

Endereço: Rua Mateus Leme nº 2204, São Francisco, Curitiba/PR

Horário: abertura das portas às 20h

Página do evento no Facebook: clique aqui.


Ingressos:

Masculino: R$ 20,00

Feminino: R$ 15,00

A venda ocorrerá exclusivamente no dia do show, na bilheteria da casa.

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Foto de Clovis Roman

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