Pré-carnaval leva milhões para as ruas de São Paulo
O sol era de quase 40 graus. Você mal tinha espaço para dançar ou simplesmente tomar uma cerveja, no meio das 400 mil pessoas que lotaram a Rua da Consolação, entre a Avenida Paulista e a Praça Roosevelt. O bloco de carnaval Baixo Augusta levantou a galera, sacudiu a poeira e fez o paulistano sair de casa.
Fafá de Belém foi a grande condutora do trio elétrico. Fantasiada, não cantou, mas garantiu o público de um bloquinho diversificado musicalmente: teve samba misturado com rock, Alceu Valença, Zé Ramalho, Cazuza, Gal Costa e muitos sucessos dos anos 90.
A atriz Alessandra Negrini também deu uma passada por lá, acenando para o povão tanto do caminhão, quanto na rua. O povo se espremeu muito, muito mesmo.
O carnaval de São Paulo vem ganhando força e já deve ser pensado com a logística de lugares tradicionais, como Salvador, por exemplo. O bloco Casa Comigo, que esteve no Largo da Batata, em Pinheiros, no sábado, também levou uma multidão às ruas. Chamado também de Bloco da Pegação, homens e mulheres se vestiram de noiva atrás de um amor. Teve mulher até quase semi-nua, que escreveu no corpo: agenda 2017. O pretendente podia ir lá e deixar seu telefone para um futuro encontro. Nesse trio, a diversidade foi celebrada com dizeres do tipo: “Não importa se você gosta de homem ou de mulher, a gente casa você aqui”.
Sobre a agenda do carnaval, ela está imensa. Tem blocos a semana inteira, inclusive hoje, segunda-feira. Os trios param só no dia 5 de março. Isso mesmo! Olha, divertido é, só acho que a estrutura do carnaval paulistano ainda não admitiu que cresceu muito. Todo cuidado é pouco. Fica a dica.
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